Billie Jean is not my lover
She's just a girl who claims that I am the one
But the kid is not my son
She says I am the one,
but the kid is not my son
(Billie Jean – Michael Jackson)
Parafraseando Michael Jackson nesse tempo de sua morte e das relembranças sobre sua vida, seus sucessos, seu algozes e seus milhares de fás, escrevi um conto com o mesmo teor: “Toma que o filho é teu” há algum tempo. Quando vi o verso, lembrei-me automaticante do que escrevi.
O mundo deu a Michael Jackson um imenso filho, uma galeria de fás que não quis saber o que ele era, o que ele foi, mas a importância da música, do seu jeito único, da dança, da sua presença no palco, da criatividade absoluta, do menino que dormia dentro de si.
Comparo tudo isso à foto de George Okanda: folha única, molhada pelo orvalho, segura a fio no tronco da árvore, a espera da brisa que a levasse pelos campos, prestes a ir-se com a gota d´água como companheira.
São duas imagens que perfilam muito bem o tom que a vida dá: o primeiro como soberano, não-simples, mas tácito em ser um ser humano do mundo, envolvido em grandes atuações; o segundo como uma parte no universo da beleza natural, onde um olho sensível nos captou para o nosso deleite. Ambos como nuances para encher os olhos. Ainda ponho na mesma linha a suavidade da folha e o verso do compositor: But the kid is not my son. Uma negação às intempéries da vida, aos percalços, quiçá os sucessos, a idolatria, o título de King of Pop. Se de um lado há a realidade cruel, por que não volver-nos para a natureza, à folha verde cheia de vida, ainda que no futuro envelheça e tornará adubo. Michael não envelheceu tanto, mas o bastante para o que mundo vislumbrasse nele a folha cálida e única aos olhos mais sensíveis.
O mundo deu a Michael Jackson um imenso filho, uma galeria de fás que não quis saber o que ele era, o que ele foi, mas a importância da música, do seu jeito único, da dança, da sua presença no palco, da criatividade absoluta, do menino que dormia dentro de si.
Comparo tudo isso à foto de George Okanda: folha única, molhada pelo orvalho, segura a fio no tronco da árvore, a espera da brisa que a levasse pelos campos, prestes a ir-se com a gota d´água como companheira.
São duas imagens que perfilam muito bem o tom que a vida dá: o primeiro como soberano, não-simples, mas tácito em ser um ser humano do mundo, envolvido em grandes atuações; o segundo como uma parte no universo da beleza natural, onde um olho sensível nos captou para o nosso deleite. Ambos como nuances para encher os olhos. Ainda ponho na mesma linha a suavidade da folha e o verso do compositor: But the kid is not my son. Uma negação às intempéries da vida, aos percalços, quiçá os sucessos, a idolatria, o título de King of Pop. Se de um lado há a realidade cruel, por que não volver-nos para a natureza, à folha verde cheia de vida, ainda que no futuro envelheça e tornará adubo. Michael não envelheceu tanto, mas o bastante para o que mundo vislumbrasse nele a folha cálida e única aos olhos mais sensíveis.