domingo, 10 de junho de 2012


DE VOLTA, E AGORA E SEMPRE!!!!!

UM ano sem escrever, onde eu estava... Hibernado, preguiça, sem vontade, sem inspiração? Não sei, mas agora venho para mostrar sensíveis tópicos do que vivi nesses últimos dias, tanto da parte profissional, intelectual, diária. O que vi, o que li, o que assisti, o que passei.
Nesses tempos todos, como no meu conto, intitulado “Reflexo”:

“Vivi muitas aventuras, desventuras. Passei por tempestades, tomei água de chuva, cozinhei-me ao sol.” (Reflexo)
Como também, na poesia “Tempos depois”:

Por que, depois de vinte e seis anos ainda és páginas lidas,
És um mar dentro de mim?
Por que, depois de vinte e seis anos és um livro na estante,
Onde sempre busco relê-lo, mas não faço?
Por que, depois de vinte e seis anos fantasmagoras meus dias,
Como se nunca se foi, empoeirada nas minhas ilusões?
Por que, depois de tantos anos és aquela mulher de sorriso fácil,
De meiguice que somente eu sabia sentir?
Por que, depois de tantas luas e sois ainda me lambes os pensamentos,
Como se nesse instante estivesses ao meu lado, pedindo ajuda?
Por que, depois de tantos carnavais, de tantos sacrifícios, de esquinas viradas,
Uma música toca e tu vens a cantar comigo em um só refrão?
Ah! Pura ilusão, esses anos todos, foram esses anos todos de separação,
Mas basta uma melodia, basta reler os versos, aquele livro inacabado
Que tu vens!

Por que, depois de quase duas décadas ainda me caloras o meu lado,
A estares ao meu lado na sala de tão iluminada?
Por que, depois das minhas primeiras palavras elas ainda invadem meus tímpanos,
Como se fosse hoje, aqui, nesse fim de mundo, nessa solidão?
Por que Deus meu um ser tão perto, fugiu-me de repente na escuridão,
Quando, naquele tempo, o mundo era outro e a felicidade, sofreguidão?
Por que amei tanto aquele corpo, sem necessidade de tocá-lo para senti-lo tanto,
Tanto que nem sei ao exato o que me deixava tonto, se ele próximo, ele nunca?
Por que, depois de mil léguas traquejadas o vento ainda sopra sua fragrância,
Respinga em mim água dos cabelos molhados na pressa de chegar?
Por que, depois de tantas caravanas e latidos, vejo por cima dos meus ombros o teu olhar,
Como se estivesse sempre a me perseguir mesmo para nunca me enxergar?
Por que, por que fui eu te beijar naquela ansiedade de rapaz e hoje não esqueço jamais,
Da saliva doce e da língua nervosa que invadiu meu ser?
Por que, por quê?

Por que passei tanto tempo sem escrever, re-escrever? Não sei, mas estou a terminar um novo romance com título provisório de Pão e Carne, que este ano de 2012 deve sair.

Até  breve!