Nunca é tarde para se obter o conhecimento. Enquanto vida, esperança. O homem precisa estar sempre em busca da perfeição, dos seus objetivos, mormente condições, e mesmo com elas e sem elas, não importa.
Mais uma vez no ônibus, e agora o tema que vem à tona pego emprestado de um passageiro sentado ao lado com exemplares de literatura de cordel: Lampião e Maria Bonita no paraíso, etc. Fico curioso, mas não me mexo e nem penso em nada. A sua aparência é gente de fora, um estudioso, pois lê os cordéis a rabiscar alguma coisa, anotações. Finjo não me interessar, embora a curiosidade seja um fraco do ser humano, até porque o assunto em questão, que ainda não tinha sido dialogado, me interessava porque é cultura e uma que faz parte do nosso povo: poesia popular, nordestinamente de raiz.
Antes da metade da viagem já sabia que o ao lado era baiano e estava na região do Cariri para um estudo sobre a poesia, a filosofia do direito numa ótica poética popular. O mais interessante e, talvez, comum nos dias de hoje, é que o companheiro de viagem era do interior da Bahia, vivia na roça e só veio a estudar com 14 anos de idade. E aqui faço um a parte para enfatizar esse assunto. Digo que é comum nos dias de hoje uma pessoa vir a estudar já tarde porque ainda há em recôncavos seres humanos que não estudam porque precisa ajudar aos pais, embora as escolas estejam em todos os lugares, nos mais difíceis acessos. O mais empolgante em tudo isso é que, mesmo tarde, o personagem em epígrafe, soube tirar proveito do difícil para superar a si próprio. Formou-se em Direito e hoje leciona numa Faculdade em Minas Gerais. Quantos conseguem esse ápice na vida, embora tantos com escolas nas portas de suas casas e não marcham e nem avançam um quarteirão sequer. È de encher os olhos e esse assunto enviesa por garganta e mente adentro como uma força a nos mostrar que nem tudo está perdido e o conhecimento deve ser sempre rebuscado. Como ele, o personagem, que persegue um assunto simples, a buscar informações para sua tese: como enxertar no ensino de Direito a filosofia a partir da literatura e esta sendo popular. Está, então, a perseguir esse assunto na região do Cariri – celeiro de poetas populares – para defender sua tese em Coimbra, Portugal. Sim, estuda além Tejo, na cidade dos estudiosos, com bolsa do governo português. Conseguiu isso graças a um concurso, onde apenas havia 10 vagas e obteve êxito.
Fiquei, num hiato de diálogo, a imaginar essa vitória e o orgulho que sente por dentro por representar o país tupiniquim nas terras de Fernando Pessoa. Fiquei a imaginar o traçado, o trajeto, a dificuldade para se chagar até ali. Por isso que toda dificuldade tem um troféu a ser erguido, enquanto que as facilidades não têm sabor nenhum. A valorização do espaço, do tempo e dos seus é fundamental para a glória, para a vitória e a meta alcançada.
Ao descer do ônibus estava a levar comigo uma vitória também quando nos deparamos com exemplos tão ímpares.
Mais uma vez no ônibus, e agora o tema que vem à tona pego emprestado de um passageiro sentado ao lado com exemplares de literatura de cordel: Lampião e Maria Bonita no paraíso, etc. Fico curioso, mas não me mexo e nem penso em nada. A sua aparência é gente de fora, um estudioso, pois lê os cordéis a rabiscar alguma coisa, anotações. Finjo não me interessar, embora a curiosidade seja um fraco do ser humano, até porque o assunto em questão, que ainda não tinha sido dialogado, me interessava porque é cultura e uma que faz parte do nosso povo: poesia popular, nordestinamente de raiz.
Antes da metade da viagem já sabia que o ao lado era baiano e estava na região do Cariri para um estudo sobre a poesia, a filosofia do direito numa ótica poética popular. O mais interessante e, talvez, comum nos dias de hoje, é que o companheiro de viagem era do interior da Bahia, vivia na roça e só veio a estudar com 14 anos de idade. E aqui faço um a parte para enfatizar esse assunto. Digo que é comum nos dias de hoje uma pessoa vir a estudar já tarde porque ainda há em recôncavos seres humanos que não estudam porque precisa ajudar aos pais, embora as escolas estejam em todos os lugares, nos mais difíceis acessos. O mais empolgante em tudo isso é que, mesmo tarde, o personagem em epígrafe, soube tirar proveito do difícil para superar a si próprio. Formou-se em Direito e hoje leciona numa Faculdade em Minas Gerais. Quantos conseguem esse ápice na vida, embora tantos com escolas nas portas de suas casas e não marcham e nem avançam um quarteirão sequer. È de encher os olhos e esse assunto enviesa por garganta e mente adentro como uma força a nos mostrar que nem tudo está perdido e o conhecimento deve ser sempre rebuscado. Como ele, o personagem, que persegue um assunto simples, a buscar informações para sua tese: como enxertar no ensino de Direito a filosofia a partir da literatura e esta sendo popular. Está, então, a perseguir esse assunto na região do Cariri – celeiro de poetas populares – para defender sua tese em Coimbra, Portugal. Sim, estuda além Tejo, na cidade dos estudiosos, com bolsa do governo português. Conseguiu isso graças a um concurso, onde apenas havia 10 vagas e obteve êxito.
Fiquei, num hiato de diálogo, a imaginar essa vitória e o orgulho que sente por dentro por representar o país tupiniquim nas terras de Fernando Pessoa. Fiquei a imaginar o traçado, o trajeto, a dificuldade para se chagar até ali. Por isso que toda dificuldade tem um troféu a ser erguido, enquanto que as facilidades não têm sabor nenhum. A valorização do espaço, do tempo e dos seus é fundamental para a glória, para a vitória e a meta alcançada.
Ao descer do ônibus estava a levar comigo uma vitória também quando nos deparamos com exemplos tão ímpares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário