Seguindo pelo rumo do sertão, ladeado pelos farfalhar das asas da arribação e do carcará, esta semana fui a estes sabores. Ao longo desta crônica serei enfático, repetitivo, porque encantado fiquei com o lugar. Minhas retinas, ainda não tão fatigadas, se encheram de pedras, de monólitos e de um fragor de cinza que muito delas não há de saírem. Também convoco minh´alma para saborear desse enlevo e com a minha carcaça e todos os outros sentidos também se deliciarem. Se o mar é tão maravilhoso aos olhos, essa paisagem é encantador a eles.
Na tentativa de entrevistar pessoas do setor de saúde, em Quixeramobim, fiquei com gosto na boca e de inveja por não ter que todos os dias por essa paisagem passar. Tudo que envolve os monólitos, envolve também o lugar, as gentes, os bichos, os pássaros, a imensidão do céu.
Encantado é um lugar petrificadamente encantado. Se há lugar semelhante eu não conheço. Passamos no roçar das rochas únicas, indelicadamente imóveis, fixamente invariáveis e apaixonadamente soberbas. Os caminhos que levam o menor dos seres àquele lugar são tortuosos, porém majestosos. Caminhos onde os galhos secos inclinam-se sobre as pessoas na iminência de abraçá-las, de segurá-las e dizer-lhes: bem-vindos. São galhos, pela época, que lógico ficarão verdes, que parecerem se mover, como aqueles filmes de terror, de braços esguios, balançando-se na passagem e quase a nos seguir. Não tem cores, como no arco-íris, mas tem cor única e que nos diz de prontidão quão maravilhoso é tudo ao redor. Fala-nos a cada curva, a cada roçar de galhos, e na proporção que as rochas se aproximam, lentamente, elas vão nos dando a certeza plena e absoluta de que somos seres pequenos e indefesos. A monstruosidade das rochas nos fala que devemos ser humildes e coerentes conosco e com quem nos cercam. Diz-nos que não precisamos e nem devemos fechar os olhos ao cenário incólume da sua formação e nem passarmos despercebidos à grandiosidade da natureza. Ah! Mas como passar por ali sem avistar tamanha grandeza, mesmo os cegos enxergariam, não a luminosidade, mas o sabor dos ventos temperados vindo delas.
Encantado, quem pôs esse nome ao lugar foi feliz em assim fazê-lo. Como foi interessante a idéia de se usar uma das dezenas de rochas, como um abrigo para a reunião de pessoas em torno de uma bebida e de encontros. Usou-se as duas naturezas: a da inércia dos monólitos e a vanguarda da mente humana. Não colocaria aqui a questão ecológica, mas a preservação do lugar, sim.
Encantado fiquei e tentarei sentir mais vezes, mesmo nessa minha crônica, como nas imagens ou de longe, o sabor de que as rochas não são apenas rochas, mas uma delicadeza de um dedo indubitavelmente poderoso que ali pôs em cada palmo, em cada molde.
Que o povo do lugar e aqueles que ali visitam e passam e ficam, levem consigo a certeza de que Deus existe e nós temos apenas que reverenciar e sentir de perto a sua imensa grandeza.
Na tentativa de entrevistar pessoas do setor de saúde, em Quixeramobim, fiquei com gosto na boca e de inveja por não ter que todos os dias por essa paisagem passar. Tudo que envolve os monólitos, envolve também o lugar, as gentes, os bichos, os pássaros, a imensidão do céu.
Encantado é um lugar petrificadamente encantado. Se há lugar semelhante eu não conheço. Passamos no roçar das rochas únicas, indelicadamente imóveis, fixamente invariáveis e apaixonadamente soberbas. Os caminhos que levam o menor dos seres àquele lugar são tortuosos, porém majestosos. Caminhos onde os galhos secos inclinam-se sobre as pessoas na iminência de abraçá-las, de segurá-las e dizer-lhes: bem-vindos. São galhos, pela época, que lógico ficarão verdes, que parecerem se mover, como aqueles filmes de terror, de braços esguios, balançando-se na passagem e quase a nos seguir. Não tem cores, como no arco-íris, mas tem cor única e que nos diz de prontidão quão maravilhoso é tudo ao redor. Fala-nos a cada curva, a cada roçar de galhos, e na proporção que as rochas se aproximam, lentamente, elas vão nos dando a certeza plena e absoluta de que somos seres pequenos e indefesos. A monstruosidade das rochas nos fala que devemos ser humildes e coerentes conosco e com quem nos cercam. Diz-nos que não precisamos e nem devemos fechar os olhos ao cenário incólume da sua formação e nem passarmos despercebidos à grandiosidade da natureza. Ah! Mas como passar por ali sem avistar tamanha grandeza, mesmo os cegos enxergariam, não a luminosidade, mas o sabor dos ventos temperados vindo delas.
Encantado, quem pôs esse nome ao lugar foi feliz em assim fazê-lo. Como foi interessante a idéia de se usar uma das dezenas de rochas, como um abrigo para a reunião de pessoas em torno de uma bebida e de encontros. Usou-se as duas naturezas: a da inércia dos monólitos e a vanguarda da mente humana. Não colocaria aqui a questão ecológica, mas a preservação do lugar, sim.
Encantado fiquei e tentarei sentir mais vezes, mesmo nessa minha crônica, como nas imagens ou de longe, o sabor de que as rochas não são apenas rochas, mas uma delicadeza de um dedo indubitavelmente poderoso que ali pôs em cada palmo, em cada molde.
Que o povo do lugar e aqueles que ali visitam e passam e ficam, levem consigo a certeza de que Deus existe e nós temos apenas que reverenciar e sentir de perto a sua imensa grandeza.
2 comentários:
ILustre Anchieita, a demora acontece mas o objetivo sempre se alcança. Finalmente tive a oportunidade de ler a crônica que vc escreveu ilustrando e ao mesmo tempo dicotomizando o distrito de Encantado, Quixeramobim. Foram sábias e profundamente fiéis as suas palavras. Parabéns pela crônica e eu concordo em gênero, número e grau quando vc afirma que ali foi um lugar que indubitavelmente foi esculpido pelas mãos de Deus... que ele te abençoe sempre!!!! Patrícia: A enfermeira que te acompanhou na visita e que passa quase que diariamente pelos caminhos tortuosos mas belos que o Encantado nos oferece... Imensamnete feliz por isso.
Sou o dono desses monolitos lindos que vc tanto elogiou, espero que voce faça uma visita e conheça essa beleza abençoada por deus. meu nome e Marcelo e obrigada por seus elogios. Fortaleza 22 de abril 2011 as 18.00. meu imail - marcelo.ruth@bol.com.br
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